A pesquisa foi parte do trabalho realizado na durante a oficina de criação. Nesta etapa as participantes buscaram por artistas com deficiência na cidade e artistas com deficiência na dança residentes no Brasil, buscando suas memórias e experiências. Os encontros nesta etapa foram realizados virtualmente. Venha conferir o resultado desta pesquisa abaixo.
Foto : Reprodução de Aulas de Criação em Dança “A Diversidade de corpos nas formas de Tarsila”
Imagem: Reprodução de Projeto Sementes do Futuro Por Renata Máximo Guidetti-Turcheti
A Cia Ballet de Cegos foi iniciada em 1995 por Fernanda Bianchini, que ministrava aulas de balé para alunas cegas do Instituto de Cegos Padre Chico.
Em 2004, com a demanda crescente pelas aulas, Fernanda fundou a Associação de Ballet e Artes Fernanda Bianchini, visando levar o ballet clássico para crianças e adolescentes cegas no Brasil.
A associação mudou de endereço duas vezes, ampliando o número de alunos atendidos. Atualmente, a intitulada Associação Fernanda Bianchini forma bailarinas profissionais e é responsável pela Cia Ballet de Cegos, que conta com bailarinas e bailarinos com e sem deficiência visual.
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Acesse: https://afbb.ong.br/
Imagem: Reprodução de Performance Edu O. Por Renata Máximo Guidetti-Turcheti
Edu O. é um renomado coreógrafo, dançarino, escritor, ator e pesquisador que participou de intercâmbios culturais com companhias europeias, como a Candoco Dance Company.
Entre suas criações artísticas estão peças como “Ah, se eu fosse Merlyn”, “Striptease bicho” e “Judith quer chorar, mas não consegue”.
Atualmente, ele leciona na Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia, é diretor do Grupo X de Improvisação e concluiu um Doutorado sobre a relação entre dança e deficiência.
Sua tese, intitulada “VOCÊS, BÍPEDES, ME CANSAM! MODOS DE ALEIJAR A DANÇA COMO CONTRANARRATIVA À BIPEDIA COMPULSÓRIA”, aborda novas epistemologias ao relacionar a Teoria Crip e a dança, destacando a importância de incluir a diversidade de corpos na estrutura da dança e questionando a normatividade corporal que exclui corpos com deficiência.
Quer saber mais?
Acesse: https://eduo.pb.online/
Imagem: Reprodução de Performance Estela Lapponi. Por Renata Máximo Guidetti-Turcheti
Estela Lapponi, jornalista e artista de paulistana, pesquisa o corpo com deficiência e práticas performativas.
Desde 2009, desenvolve estudos sobre o conceito “Corpo Intruso”. Possui especialização em Dança Contemporânea e mestrado em Práticas Cênicas e Cultura Visual, investigando. Sua pesquisa é inspirada em sua experiência como imigrante na Itália e explora aspectos históricos e sociais.
O termo Corpo Intruso pode representar algo fora de contexto, que atrai atenção e medo, mas também pode ter aspectos alegres e cômicos. Lapponi busca entender as complexidades desse conceito em sua prática artística.
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Imagem: Reprodução de Izah D’arc
Izah é uma mulher com deficiência, estudante de marketing e fotógrafa.
Isa nos relatou que foi na escola que sentiu o “impacto da vida”. Seus colegas a chamavam de boneca, devido às queimaduras que a meia escondia. Seu nome artístico, Izah D’arc, foi uma sugestão do avô, que dizia que ela deveria ser forte como a Joana D’arc.
Isa nos relatou que a fotografia nasceu com ela e que foi na adolescência, quando assumiu a função de presidenta do grêmio estudantil de sua escola, que ganhou sua primeira máquina fotográfica, uma KODAK.
Na vida adulta, tinha um sonho de tornar-se investigadora florense, mas logo desistiu, nos disse que não conseguiria lidar com este ofício. Foi quando descobriu sua paixão em fotografar eventos, principalmente bandas e grupos musicais. Para ela, a fotografia é uma pintura digital, fotografar é fazer história, documentar o momento.
Por Cristiane Aparecida Augusto e Renata Máximo Guidetti Turcheti
Imagem: Miguel Ângelo Annicchino. Foto https://www.jornalosemanario.com.br/miguel-angelo-annicchino/
“Fez da música a luz em nossas vidas”. Esta é a frase gravada no coreto municipal de Capivari que leva o nome de Miguel Ângelo Annicchino, o Miguelito.
Miguel Ângelo Annicchino, mais conhecido como Miguelito, foi um talentoso músico com deficiência visual, nascido em Capivari.
Desde a infância, não se deixou abater pela limitação e mostrou um talento nato para a música. Compondo diversas músicas, ele era reconhecido por sua habilidade no piano.
Sua casa era frequentemente palco de encontros musicais animados, conhecidos como o “Clube da Seresta”. No entanto, mesmo sendo uma figura indispensável nos festivais da cidade, Miguelito faleceu pouco antes de completar setenta e seis anos, deixando sua marca na história musical de Capivari.
No video acima ela nos conta suas maiores paixões arte, desenhar, pintar, jogos e aprender. Além disso nos mostra suas talentosas produções